quarta-feira, 30 de maio de 2018

Um mês com Maria - 30° dia


30° DIA
A DEVOÇÃO À NOSSA SENHORA

Muito conhecido, mas sempre belo e significativo este episódio: Uma mãe ensina seu filho como fazer o sinal de cruz. Pega sua mãozinha e leva à testa: "Em nome do Pai, Filho e Espírito Santo. Amém. Repete comigo." "Mas, mãe, onde está a Mamãe?" Comovente intuição. A presença da mãe não é secundária para a vida cristã. Ou seja: a devoção
a Nossa Senhora não é absolutamente um ornamento a mais, mas é indispensável. Ao contrário, Jesus obscurece-se quando Maria está à sombra - escreveu o Pe. Faber - ou seja, sem a devoção mariana, decai até o amor a Jesus. Neste sentido, o grande S. Afonso Maria de Ligório queria a presença de Maria em tudo o que fazia. Quando pregava, queria a imagem dEla junto aonde estava pregando. Disse àqueles que estavam perto: "Hoje não fará grande efeito
o sermão, porque Nossa Senhora não está aqui". A Igreja ensina que a devoção a Maria é moralmente necessária ao cristão para se salvar, porque é elemento qualificador de piedade genuína da Igreja (Marialis cultus, introdução) E ainda: a piedade da Igreja através da Virgem Maria é elemento intrínseco do culto cristão (Ivi,56.) Nunca poderemos ficar
conformes a Jesus se não amamos Maria Santíssima como Ele. Este é o elemento
fundamental da vida cristã, dizia o Papa Pio XII. Maria deve ocupar em nossa vida o lugar
que a mãe ocupa na família, ou seja, o lugar do centro vital, de coração e de amor. O que é
uma família sem mãe?

Ela nos une a Jesus

"Se Deus nos predestinou para sermos conformes ao seu Filho (cf. Rm 8,29), Maria - diz S.
Luis Maria Grignion de Montfort - foi a fôrma que formou Jesus e que continuou a formar
Jesus em todos os que a Ela se entregam". Esculpir uma estátua exige um grande trabalho;
servir-se de uma fôrma é muito mais simples. Por isso os devotos de Maria podem ficar
conformes Jesus no modo mais rápido, mais fácil e mais agradável, dizia S. Maximiliano
Maria Kolbe. Quando está fora do lugar, a mesquinha preocupação de quem considera a
Devoção a Maria com certa suspeição, ou com o metro na mão, porque teme que se possa
exceder, comprometendo a plenitude da vida cristã e da mais alta santificação. É próprio
todo o contrário. A Igreja o ensina boníssimo. S. Pio X, em uma encíclica mariana,
recolhendo a voz dos padres e dos santos, escreve: "Ninguém no mundo, quanto Maria,
conheceu fundo Jesus. Ninguém maior é mestre e melhor guia para fazer conhecer Cristo.
Por consequência, ninguém é mais eficaz do que a Virgem para unir os homens a Jesus." O
Concilio Vaticano II pontualizou que a devoção Mariana não só não impede minimamente o
imediato contato com Cristo, mas o facilita (Lumen Gentium, n.0). O Papa Paulo VI
acrescentou que Maria não só favorece como tem a missão de unir a Jesus para reproduzir
nos filhos os lineamentos espirituais do Filho primogênito (Marialis Cultus, n.57). Que
tesouro, então, é uma ardente devoção a Maria!

Ela nos leva ao Paraíso

S. Gabriel de Nossa Senhora das Dores disse ao seu Padre espiritual: "Padre, eu tenho
certeza de ir para o Céu." "E como o sabes?" Perguntou o Padre. "Porque já estou lá! Amo
Nossa Senhora, então estou no Paraíso!" É assim mesmo! O amor a Maria é sinal de
predestinação, garantia do Céu, é amor de Paraíso. Este é ensinamento comum da Igreja.
Basta lembrar aqui 3 grandes Doutores da Igreja.

S. Agostinho diz que todos os predestinados se acham fechados no seio de Maria, por isso o
amor a Maria é um sinal precioso de salvação. S. Boaventura diz que quem é assinalado pela
devoção mariana será assinalado no livro da Vida. S. Afonso de Ligório assegura que quem
ama Maria pode estar tão certo do Paraíso como se já lá se encontrasse. Se é sinal de
predestinação, então a devoção a Maria deve ser como o tesouro escondido no campo do
qual fala Jesus no Evangelho (cf. Mt 13,44). E precisamos mesmo tomar cuidado e cultivar
mesmo a devoção mariana porque S. Leonardo de Porto Maurício chega a dizer que é
impossível que se salve quem não é devoto de Maria. E tem razão. O porquê diz S.
Boaventura: "como por intermédio d'Ela, Deus desceu até nós e ascendamos até Deus, e
então ninguém pode entrar no Paraíso se não passa por Maria que é a porta". Por isso
quando S. Carlos Borromeu fazia pôr a imagem de Nossa Senhora em todas as portas das
Igrejas, queria mostrar aos cristãos que não se pode entrar no Templo do Paraíso sem
passar pela "Porta do Céu". Como conclusão, se temos a devoção a Maria, devemos guardá-
la e cultivá-la com grande amor. Se não a temos, peçamo-la com todas as forças como dom
de Graça principal deste mês de maio. Lembremos a esplêndida sentença de S. João
Damasceno: "Deus faz a graça da devoção a Maria àqueles que deseja salvar". Que esta graça
ocupe todo nosso coração. É uma graça que vale o Paraíso. Tinha razão S. Pe Pio ao dizer
que a devoção a Maria vale mais que a teologia e a filosofia, e tinha razão S. Maximiliano ao
dizer que o amor a Maria faz viver e morrer felizes.

Votos

- 3 Ave-Marias de manhã e de noite para se entregar a Maria;
- Oferecer o dia para que se propague a devoção a Maria;
- Levar sempre consigo ou ter sob os olhos alguma coisa que lhe lembre Maria.

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