quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Feliz Natal!

FELIZ NATAL!



O Único Deus se manifestou em sua única Igreja o seu único Filho para derramar o seu imenso amor, o seu Espírito Santo.
Seria impossível nós irmos até Deus diante da nossa queda, do nosso pecado.
O abismo entre nós e Deus era infinito.
Deus então veio em nosso socorro, veio até nós!

Como não conseguiríamos ir até Ele, Ele veio até nós.
Jesus nasceu, e com o consentimento da Virgem que iria esmagar junto com Ele a cabeça da serpente, o Verbo se fez carne e habitou entre nós.
Jesus nasceu e veio para nos salvar.

Hoje nasceu para nós o Salvador que é Cristo o Senhor.

Feliz Natal á todos.
São os votos do site O conhecimento dos Santos.

Como nasceu a canção “Noite Feliz”?

Você Sabia?

Em 24 de dezembro de 1818, a canção “Stille Nacht” (“Noite Feliz”) foi ouvida pela primeira vez na aldeia de Oberndorf (Áustria). Foi na Missa de Galo na minúscula capelinha de São Nicolau. Estavam presentes o pároco Pe. José Mohr, o músico e compositor Franz Xaver Gruber com seu violão, e o pequeno coro da esquecida aldeia. No fim de cada estrofe, o coro repetia os dois últimos versos. Naquela véspera de Natal nasceu a música que passou a ser como um hino oficial do Natal no mundo todo. Hoje se canta nas capelas dos Andes e no Tibete, ou nas grandes catedrais da Europa. Quando aqueles dois homens acompanhados pelo coro cantavam por vez primeira em pé diante do altarzinho da capela de São Nicolau, o Stille Nacht! Heiligen Nacht! Não faziam ideia da repercussão que o fato teria no mundo.

Fonte:  http://cleofas.com.br/como-nasceu-a-cancao-noite-feliz/
Origem: http://cidademedieval.blogspot.com.br/

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Sobre o livro: “Jesus: Aproximação histórica”


Um livro de J. A. PAGOLA

Acaba de publicar-se Jesus: aproximação histórica (Petrópolis: Vozes, 2010, 656 pp.). Na capa traseira do número 279 da Revista Eclesiástica Brasileira (julho de 2010) se apresenta o livro do Prof. Pagola da seguinte maneira: “Nesta obra de 650 páginas, José Antônio Pagola, professor há sete anos se dedica exclusivamente a pesquisar e tornar conhecida a pessoa de Jesus, oferece um relato vivo e apaixonante da atuação da mensagem de Jesus de Nazaré, situando-o em seu contexto social, econômico, político e religioso a partir das mais recentes pesquisas”.

Apesar dessa apaixonante apresentação, acho oportuno informar ao leitor que o livro de Pagola – espanhol-basco, mestre em teologia e em Sagrada Escritura, autor de vários escritos – foi muito criticado na Espanha por teólogos e bispos. A versão original do livro foi editada com o título “Jesús. Aproximación histórica” (Madrid: PPC, 2007). Um dos teólogos espanhóis mais conhecidos, José Antônio Sayés, se enfrentou com as ideias de Pagola dando lugar à polêmica Pagola-Sayés. Finalmente, a Conferência Episcopal Espanhola publicou, através de sua Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé, uma “Nota de clarificación sobre el libro de José Antonio Pagola, Jesús. Aproximación histórica, PPC (Madrid 2007, 544 pp.)”, a nota saiu no dia 18 de junho de 2008. Seria interessante que o leitor não começasse a sua leitura de Pagola sem antes ter conhecimento – de alguma maneira – da Nota de Clarificação que, pode ser lida em sua versão original no seguinte enlace http://www.conferenciaepiscopal.es/doctrina/documentos/pagola.pdf.

A citada nota tem 21 pontos e analisa o livro desde os aspectos metodológico e doutrinário. A Nota começa dizendo que a leitura do livro tem causado muita confusão e, é por isso, que se fez necessária o esclarecimento de alguns aspectos. É verdade que o autor resolveu fazer uma revisão do livro e, no entanto, ainda assim a Comissão julgou necessário divulgar a Nota. De fato, depois da revisão da obra pelo Autor, o teólogo e bispo emérito Fernando Sebastián, lamentou que o livro não fosse retirado desde a sua primeira edição já que a obra de Pagola, contendo um erro de método, não podia ser corrigida a não ser escrevendo-se outro livro. Acrescente-se a isso que PPC pediu às livrarias que lhe devolvessem a edição corregida, isto é, que a obra fosse retirada do mercado.

O citado Documento encontra três deficiências na obra do teólogo basco enquanto à sua metodologia: ruptura entre fé e história, desconfiança da historicidade dos Evangelhos e a existência de pressupostos equivocados à hora de entender a história de Jesus. Desde o ponto de vista doutrinal, outras deficiências: Jesus aparece como mero profeta, nega-se a consciência filial de Cristo e o sentido redentor dado por Jesus à sua morte, ofusca-se a realidade do pecado e o sentido do perdão, nega-se a intenção de Jesus de fundar a Igreja como comunidade hierárquica, não deixa claro o carácter histórico e transcendente da ressurreição de Jesus (a ressurreição teria acontecido no coração dos discípulos). Além do mais, o Documento diz que os pressupostos principais que estão por detrás dos pontos de vista supracitados são, basicamente, dois: ruptura entre a investigação histórica sobre Jesus e a fé nele, por um lado; interpretação da Bíblia à margem da Tradição viva da Igreja, por outra. A Nota termina afirmando que “tendo em conta tudo o que se disse, pode-se afirmar que o Autor parece sugerir indiretamente que algumas propostas fundamentais da doutrina católica não têm fundamento histórico em Jesus. Este modo de proceder é prejudicial, pois acaba deslegitimando o ensino da Igreja que – segundo o Autor – não tem enraizamento real em Jesus e na história” (n. 19).

Como se pode observar, as posições de Pagola são as mesmas da teologia liberal e do modernismo teológico, só que repetidas no ano 2007. Por outro lado, qual é o teólogo que não conhece as antigas discussões entre o Jesus histórico e o Cristo da fé, assim como a afirmação do Magistério da Igreja de que Jesus é o Cristo? Quando o Autor cita – sem diferenciar – os livros da Sagrada Escritura e os livros apócrifos, quando segue o critério liberal de que a fé e a sua formulação expressada nos dogmas alterariam os fatos históricos, quando faz a sua análise horizontal e marxista com o velho esquema de luta de classes ou, ainda, quando afirma que Jesus é o homem no qual Deus se encarnou, pergunto: afirma algo novo em relação aos antigos erros já conhecidos? Quem for, portanto, à procura de alguma novidade na apresentação do Jesus de Pagola ficará decepcionado. Eu, no entanto, gostaria de poupar o leitor.

Pe. Françoá Costa
Mestre em Teologia pela Universidade de Navarra
Doutorando em Teologia (sistemática) pela Universidade de Navarra (Espanha)

Fonte: http://www.presbiteros.com.br/site/sobre-o-livro-jesus-aproximacao-historica/

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Sobre a Bíblia Sagrada Edição Pastoral

Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”
D. Estevão Bettencourt, osb.
Nº 342 – Ano 1990 – Pág. 514
Extraído de http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2009/08/04/sobre-a-biblia-sagrada-edicao-pastoral/

Saiba mais: Catecismo da Igreja Católica, n. 84-87; "Instrução sobre alguns aspectos da teologia da libertação" (Sagrada Congregação para Doutrina da Fé)

Em síntese: A “Bíblia. Edição Pastoral”, em tradução e notas de Ivo Storniolo e Euclides Balancin, não preenche a finalidade que se propõe. Inspirada por ideologia marxista, deturpa as concepções da história sagrada e da teologia; a leitura materialista aplicada ao texto sagrado torna a mensagem imanentista, fazendo-a perder o seu caráter transcendental. O Vocabulário do fim do volume e as notas de rodapé dão as chaves de interpretação dos livros bíblicos; a própria tradução portuguesa, num ou noutro ponto, deturpa o sentido do texto sagrado. Em conseqüência, deve-se lamentar a difusão de tal obra nos ambientes eclesiásticos do Brasil. A Pastoral não significa incitamento à luta de classes e às divisões entre os homens.

As Edições Paulinas publicaram uma nova tradução da Bíblia dita “Pastoral” (BP), acompanhada de notas de rodapé e Vocabulário, que vêm suscitando perplexidade: há os que defendem tal edição, devida a Ivo Storniolo e Euclides Martins Balancin, como sendo “o livro ideal” (ver “Jornal de Opinião”, 1-7/7/90, p. 3). Mas há também os que a impugnam com argumentos sérios, mostrando graves falhas na inspiração básica e na confecção de tal tarefa. O assunto já foi abordado em PR 337/1990, pp. 285s. Voltamos ao problema, aduzindo novas observações, provenientes, em grande parte, de D. João Evangelista Martins Terra S. J., Bispo  Auxiliar de Olinda-Recife, Membro da Equipe Teológica do CELAM e da Pontifícia Comissão Bíblica.

1. Três observações básicas

A tradução do texto bíblico da Edição Pastoral é aceitável com algumas ressalvas, que indicaremos à p. 523s deste artigo. Todavia, as notas de pé de página e o Vocabulário, encontrado às pp. 1616-23, pretendendo dar a chave de leitura e interpretação da Bíblia, são alheios à Tradição bíblica judeo-cristã e distorcem a mensagem sagrada para o setor da ideologia sócio-político-econômica. Sem o perceber, o leitor desprevenido vai absorvendo uma concepção filosófica não cristã sob a capa de Palavra de Deus. Isto se depreende facilmente desde que se dê um pouco de atenção ao Vocabulário dessa Edição.

"Nós precisamos, urgentemente, de exorcismo!"


Prefácio de Dom Pestana ao livro do Pe. Gabriele Amorth.

Por Dom Manoel Pestana Filho
Fonte: GRAA
O grande papa Leão XIII entrou no século XX ainda apavorado pela visão que tivera da formidável presença diabólica em Roma, “para a perdição das almas”. Desde 1886, mandara a todos os bispos rezar a oração a São Miguel Arcanjo, escrita por ele, de próprio punho, como também um exorcismo maior que recomendava a bispos e párocos para recitarem com frequência nas dioceses e paróquias.

“O século do homem sem Deus”, anunciado por Nietzsche, transforma-se no século de Satanás, que prepara o seu reino com a Primeira Guerra Mundial, implanta o comunismo ateu e tirânico, contra Deus e contra o homem, na revolução bolchevista de 1917, semeia a Europa inteira de ruínas e sangue com a Segunda Guerra Mundial, fruto dos poderes das trevas; invade toda a terra de ódio, terror, impiedade, heresia, blasfêmia e corrupção em guerras e revoluções sem trégua; insinua-se, de início, como fumaça, e, depois, implanta-se, poderoso, no seio da própria Igreja.

Tudo isto, Nossa Senhora confidenciara aos videntes de Fátima, exatamente no mesmo ano da tragédia russa; e o mesmo se diga do 3º capítulo do Gênesis, em que se pinta a vitória da serpente infernal e a presença de Maria, esmagando-lhe a cabeça.

A Cristandade continuou a rezar as orações de Leão XIII, estimulada pelos Papas. Pensadores cristãos como, por exemplo, Anton Böhm (Satã no Mundo Atual, Tavares Martins) e de La Bigne Villeneuve (Satan dans la Cité, Du Cèdre) denunciam a infiltração visível do demônio em todas as estruturas da sociedade. Bernanos surpreende-nos Sob o Sol de Satã.

De súbito, ao aproximar-se o último e temeroso quartel do século XX, contesta-se a existência dos anjos, desaparece a oração de São Miguel, suspendem-se os exorcismos, inclusive o do Batismo, mergulha no silêncio o ministério e a função do exorcista.

Paulo VI queixa-se da fumaça de Satanás dentro do templo, quase a ocupar o espaço do incenso esquecido, e amargura-se com a autodemolição da Igreja. Os seminários desaparecem, a teologia prostitui-se em cátedras de iniquidade, a liturgia reduz-se, com certa frequência, a uma feira irrelevante de banalidades folclóricas. A pretexto de inculturação, a vida religiosa desliza para o abismo.
São Bento

“Os poderes do inferno não prevalecerão contra a Igreja”, é certo. Mas o próprio Senhor prediz o obscurecimento da fé, o esfriamento da caridade. A visão (do Inferno) de Fátima faz vacilar o otimismo ingênuo e irresponsável dos que apostam na salvação de todos, mesmo até dos que a recusam.

(…) Jesus começa a sua missão, tentado pelo demônio e a expulsão dos maus espíritos torna-se uma das notas mais relevantes da sua atividade messiânica. “Em meu nome expulsarão os demônios” (Mc 16,17), diz Jesus, ao despedir-se dos discípulos, notando que este será um sinal dos que crêem nele. E Satanás, pela ação dos Apóstolos, caía do céu como um raio… Quando os cristãos de todos os níveis, apesar dos Evangelhos e do Magistério, principiaram a duvidar da ação e, depois, da existência do espírito rebelde, aconteceu o que Jesus havia anunciado (Mt 14,44-45): expulso, ele volta para a casa “desocupada, varrida e arrumada”, mas indefesa, com sete espíritos piores do que ele, “e a condição final torna-se pior do que antes”, exatamente o que está a acontecer.

Hoje, não é só a fumaça de Satanás, penetrando por uma fenda oculta, mas o diabo, de corpo inteiro, que irrompe triunfalmente pelas portas centrais. Quem o vai exconjurar das nossas igrejas, das nossas residências episcopais e paroquiais, dos nossos centros comunitários, dos nossos seminários e universidades, dos Senados e das Câmaras Legislativas, dos Palácios do Governo e da Justiça, dos bancos e das bolsas, dos meios de comunicação, das escolas e hospitais, das consciências de todos nós?

E, não hesitemos: quem vai expulsar os demônios dos Palácios Pontifícios, das Congregações e Secretarias, das Nunciaturas, das Conferências Episcopais e Cúrias, dos Santuários e Basílicas, das ONU e dos Parlamentos, sem falar desse mundo “posto maligno”, que viceja “sob o sol de Satã”?

Nós precisamos, urgentemente, de exorcismo!



Dom Manoel Pestana, Prefácio do livro “Um Exorcista Conta-nos” do Pe. Gabriele Amorth

Fonte: http://fratresinunum.com/2013/02/04/prefacio-de-dom-pestana-ao-livro-do-pe-gabriele-amorth/

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Apelo em defesa da família brasileira

A ideologia de gênero está prestes a ser sacralizada em nosso país. Sua inserção no Plano Nacional de Educação representa um enorme ameaça àqueles a quem deveríamos proteger: nossos jovens e crianças.


Neste vídeo, Padre Paulo Ricardo faz um apelo urgente a todo aquele que se insere na imensa maioria de cidadãos brasileiros contrários à ideologia que vem sendo introduzida no país por um grupo de ideólogos, capitaneados pelo Partido dos Trabalhadores.

Na próxima quarta feira, dia 11, será votada no Plenário do Congresso o Plano Nacional de Educação (PLC 103/2012) que pretende sacralizar pelos próximos 10 anos a ideologia de gênero nas escolas. Mas, o que é a ideologia de gênero? De maneira resumida, é possível dizer que é uma forma perversa de pensar segundo a qual todos nós nascemos com um SEXO (homem ou mulher), mas precisamos nos libertar da "ditadura de nosso corpo" (sexismo) e construir nossa própria identidade escolhendo:

1) Nosso próprio GÊNERO (masculino, feminino, andrógino, transgênero ou qualquer outro)

2) E nossa própria ORIENTAÇÃO SEXUAL (heterossexual, homossexual, bissexual, transexual, pedófilo, sado-masoquista, etc.)

Ora, se essa lei for aprovada não haverá mais possibilidade de objeção de consciência por parte dos pais nem mesmo das escolas católicas, por exemplo. As crianças, que hoje têm 07 anos, ao fim da validade do Plano estarão com 17, às portas da universidade, portanto, já deformadas pela mentalidade de gênero.

Não podemos deixar que isso aconteça. O Brasil é um país democrático e como tal deve ter os desejos da população respeitados. Por isso, leve aos representantes da nação a sua opinião sobre o tema.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Quem eram os Cavaleiros templários?

Decisões sobre o livro "Jesus. Aproximação histórica" de José Antonio Pagola


Nota da Conferência Episcopal espanhola

Madri, 08 de Março de 2013 (Zenit.org) | 1526 visitas

O senhor bispo de San Sebastián recebeu uma carta da Congregação para a Doutrina da Fé, do passado dia 19 de fevereiro, com a qual termina uma troca epistolar e verbal de vários anos, dele e do seu predecessor, com a Congregação, sobre a obra de D. José Antonio Pagola intitulada “Jesus. Aproximação histórica.” A pedido do Senhor Bispo, e com a aprovação da Congregação, informamos sobre o estado da questão e sobre seus antecedentes mais notáveis.


1. Tal obra, publicada em 2007, suscitou várias e qualificadas queixas sobre a sua idoneidade como apresentação de Jesus de acordo com a fé católica. Seguindo as instruções da Congregação para a Doutrina da Fé, a Comissão Doutrinal da Conferência Episcopal Espanhola, após cuidadoso estudo, preparou uma "Nota de esclarecimento sobre o livro de José Antonio Pagola, Jesus. Aproximação histórica", de 8 de junho de 2008, publicado com a autorização da Comissão Permanente. Essa nota, referindo-se à primeira versão do livro, que já teve milhares de vendas, continua plenamente válida.

2. O autor, ao falar com o seu bispo, escreveu uma segunda versão da obra, para a qual o Ordinário de San Sebastián anunciou, em junho de 2008, que contava com o seu imprimatur. No entanto, a Congregação para a Doutrina da Fé solicitou que a Conferência Episcopal Espanhola revisasse também esta segunda versão. A pedido do senhor bispo de San Sebastián, foi finalmente a mesma Congregação que assumiu a revisão, com o resultado seguinte: "as alterações introduzidas pelo autor representam uma melhoria do texto, que, no entanto, não são suficientes para resolver os problemas de fundo presentes na mesma. Tais problemas foram identificados no seu devido tempo pela Nota de esclarecimento que sobre a primeira edição publicou a Comissão Doutrinal da Conferência Episcopal Espanhola. Portanto, não parece oportuno que se conceda o imprimatur à nova versão do livro “Jesus. Aproximação histórica” (Carta do Prefeito da Congregação, 14 de maio de 2010, ao Presidente da Conferência Episcopal).

3. A congregação continuou o estudo da obra e na sua sessão ordinária do 19 de outubro de 2011 determinou o seguinte, comunicado por carta ao Presidente da Conferência Episcopal pelo Cardeal Prefeito: o livro, "embora não contendo proposições diretamente contrárias à fé, é perigoso por causa de suas omissões e sua ambigüidade. Sua abordagem metodológica deve ser considerada errônea, porque, separando o “Jesus histórico”, do “Cristo da fé”, na sua reconstrução histórica elimina preconcebidamente tudo o que vai além de uma apresentação de Jesus como “profeta do Reino”.

" A congregação, então, pedia ao novo bispo de San Sebastián para promover uma conversa com o autor, juntamente com peritos da Comissão Doutrinal da Conferência Episcopal, a fim de rever o trabalho e apresentar uma explicação por escrito.

4. Na carta do passado 19 de fevereiro, mencionada acima, a Congregação escreve para o bispo de San Sebastián, que o autor respondeu satisfatoriamente às observações feitas pela Congregação e que ele deve ser exortado a colocar em futuras edições da obra, à qual, no entanto, não pode ser dado o imprimatur.

(Tradução do original espanhol que se encontra em: http://www.conferenciaepiscopal.es/index.php/notas/2013/3449-decisiones-sobre-el-libro-jesus-aproximacion-historica-de-d-jose-antonio-pagola.html)

Fonte: http://www.zenit.org/pt/articles/decisoes-sobre-o-livro-jesus-aproximacao-historica-de-jose-antonio-pagola

Sermão sobre o Conhecimento e a Ignorância




O conhecimento das Letras é bom para a instrução, mas o conhecimento da própria fraqueza é mais útil para a salvação
1
Bernardo de Claraval
Trad. Jean Lauand
In: Mirandum Plus 4.

I
Aqui estou para cumprir o que vos prometi; aqui estou para satisfazer vosso desejo; aqui estou, também, obrigado pela dívida que tenho para com Deus, a Quem sirvo.
Como vedes, três são as razões que me impelem a pregar: o compromisso assumido, o amor fraterno e o temor a Deus.

Se me abstivesse de falar, pela minha boca condenar-me-ia. Mas o que acontece se eu falar? Também neste caso, corro o mesmo risco, o de ser condenado pela minha própria boca: por pregar e não praticar o que prego. Ajudai-me, pois, com vossas orações, para que eu possa sempre falar o que é necessário e, com minha conduta, praticar o que prego.
Tinha vos anunciado o tema do sermão de hoje: a ignorância, ou melhor, as ignorâncias, porque, como lembrais, há duas ignorâncias: a de nós próprios e a de Deus. E vos aconselhava a evitar uma e outra, pois ambas são perdição.

Hoje, procuraremos esclarecer melhor esse assunto. Antes, porém, discutiremos se toda ignorância é condenável. Parece-me que não, pois nem toda ignorância produz perdição: há muitas e mesmo inúmeras coisas que se podem ignorar sem problema algum para a salvação.
Se alguém, por exemplo, desconhece artes mecânicas, como a carpintaria, a arte de edificação e outras que são exercidas para a utilidade da vida neste mundo, acaso tal ignorância constitui obstáculo para a salvação?
Também são muitos são os que se salvaram e agradaram a Deus pela sua conduta e com seus atos sem as artes liberais (e, certamente, são úteis e moralmente bons esses estudos). Quantos não enumera a Epístola aos Hebreus (cap. XI), que se tornaram agradáveis a Deus não com erudição, "mas com consciência pura e fé sincera" (I Tim 1, 5)2. E agradaram a Deus com os méritos de sua vida e não com os de seu saber. Cristo não foi buscar Pedro, André, os filhos de Zebedeu e todos os outros discípulos, entre filósofos; nem em escola de retórica e, no entanto, valeu-se deles para realizar a salvação na terra.