Satanás combate o cristão que busca a santidade, pois sabe os efeitos que este estado causa às suas ações. Por isso que a santidade concedida por meio da efusão do Espírito Santo, exercida por meio da graça é tão sublime e ao mesmo tempo (se torna) tão inacessível nos dias de hoje. Essa inacessibilidade não é causada pela vontade de Deus, mas sim, por indiferença do receptor, ou seja, nós cristãos.
Deus nos dá o que pedimos, é fato, mas como um presente tão grandioso gerará frutos numa alma que não se alimenta para crescer na santidade? Isto se dá porque muitos não conhecem com mais profundidade o que a santidade é, e a intitula como algo meramente natural ou até mesmo impossível. Mas a Igreja ensina em seu sagrado magistério no Concílio Vaticano II no documento “Lumen Gentium”, capítulo V (LG 39), que “a Igreja é indefectivelmente Santa e todos os que dela participam são chamados a santidade”. As sagradas escrituras, em acordo com as palavras do apóstolo, diz: “esta é a vontade de Deus, a vossa santificação” (Tess. 4,3; Ef. 1,4), e também a sagrada tradição, que nos remonta aos inúmeros cristãos chamados a mudança de vida, e que por causa disso se tornaram santos, como os santos mártires, santo Agostinho, são Francisco e tantos mais.
Estamos num mundo ideológico onde tudo que está ligado à fé tende-se a esvaziar-se para ser preenchido no lugar com coisas meramente subjetivas. Daí a confusão total que está hoje, fruto de uma era que despreza totalmente a verdade, fazendo com que os argumentos sejam meras nuvens que vem e que vão, e dependendo do ponto de vista, atendem somente aos próprios interesses.
A relativização de tudo para o ponto de vista pessoal causou também a redução dos índices de cristãos de boa vontade que almejavam algo mais com a santidade. Estes, num mundo extremamente hostil e palco de cinismos, sacarmos e dialéticas convencionais, enfraqueceram-se crendo mais em si do que no autor da dádiva, e com isso, a santidade se esvaneceu dando lugar a “prestação de serviços”.
Devemos retomar o que é nosso por graça, pois Deus jamais cessará de nos dá o que precisamos; rogar a nossa Senhora que nos auxilie nos meios necessários para que não mais nos percamos pelo caminho com tantas falsas promessas e dissimulações. E sim, atentarmos com muito afinco os dons que Deus nos dá por meio das nossas orações e penitências.
Que Deus tenha misericórdia de nós e nos conceda os bens necessários para a nossa salvação, e claro, a santidade.
Sede santos, diz o Senhor (1 Pedro 1,16).
Convite:
Participe do curso "Engenharia da santidade" do padre Paulo Ricardo.
Link: https://padrepauloricardo.org/cursos/engenharia-da-santidade