quinta-feira, 27 de setembro de 2018

A sobrenaturalidade da Igreja, razão pela existência da nossa fé



As ações dos Sacramentos da Igreja acontecem por meios sobrenaturais, ou seja, algo que vem do próprio Deus que os nos concede sem medida. Acontece que muitos não se preparam devidamente para esta dádiva, e quando são agraciados por tamanho presente do céu o acontecimento de fato não acontece. E que acontecimento seria este?  A mudança de vida, a conversão, ou com outras palavras mais incomuns nos dias de hoje, a santidade.

Satanás combate o cristão que busca a santidade, pois sabe os efeitos que este estado causa às suas ações. Por isso que a santidade concedida por meio da efusão do Espírito Santo, exercida por meio da graça é tão sublime e ao mesmo tempo (se torna) tão inacessível nos dias de hoje. Essa inacessibilidade não é causada pela vontade de Deus, mas sim, por indiferença do receptor, ou seja, nós cristãos.

Deus nos dá o que pedimos, é fato, mas como um presente tão grandioso gerará frutos numa alma que não se alimenta para crescer na santidade? Isto se dá porque muitos não conhecem com mais profundidade o que a santidade é, e a intitula como algo meramente natural ou até mesmo impossível.  Mas a Igreja ensina em seu sagrado magistério no Concílio Vaticano II no documento “Lumen Gentium”, capítulo V (LG 39), que “a Igreja é indefectivelmente Santa e todos os que dela participam são chamados a santidade”. As sagradas escrituras, em acordo com as palavras do apóstolo, diz: “esta é a vontade de Deus, a vossa santificação” (Tess. 4,3; Ef. 1,4), e também a sagrada tradição, que nos remonta aos inúmeros cristãos chamados a mudança de vida, e que por causa disso se tornaram santos, como os santos mártires, santo Agostinho, são Francisco e tantos mais.

Estamos num mundo ideológico onde tudo que está ligado à fé tende-se a esvaziar-se para ser preenchido no lugar com coisas meramente subjetivas. Daí a confusão total que está hoje, fruto de uma era que despreza totalmente a verdade, fazendo com que os argumentos sejam meras nuvens que vem e que vão, e dependendo do ponto de vista, atendem somente aos próprios interesses.
A relativização de tudo para o ponto de vista pessoal causou também a redução dos índices de cristãos de boa vontade que almejavam algo mais com a santidade. Estes, num mundo extremamente hostil e palco de cinismos, sacarmos e dialéticas convencionais, enfraqueceram-se crendo mais em si do que no autor da dádiva, e com isso, a santidade se esvaneceu dando lugar a “prestação de serviços”.

Devemos retomar o que é nosso por graça, pois Deus jamais cessará de nos dá o que precisamos; rogar a nossa Senhora que nos auxilie nos meios necessários para que não mais nos percamos pelo caminho com tantas falsas promessas e dissimulações. E sim, atentarmos com muito afinco os dons que Deus nos dá por meio das nossas orações e penitências.

Que Deus tenha misericórdia de nós e nos conceda os bens necessários para a nossa salvação, e claro, a santidade.
Sede santos, diz o Senhor (1 Pedro 1,16).

Convite:

Participe do curso "Engenharia da santidade" do padre Paulo Ricardo.
Link: https://padrepauloricardo.org/cursos/engenharia-da-santidade