quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Um movimento conservador na Igreja?



Não existe movimento conservador na Igreja Católica. Exemplo disto são os santos, e até mesmo São Paulo. O conservador é aquele que conserva a fé e mantém-se em combate a todo instante. Quando se trata de movimentos da Igreja, temos vários exemplos a serem dados, mas não o conservadorismo. Intitular ou rotular o conservadorismo como um movimento é agregar todos os santos que lutaram na história da Igreja na conservação da fé e transformar tudo isto em algo abstrato dentro do contexto do mundo atual.

Santo Atanásio foi um dos únicos, senão o único, conservador de fato em seu tempo. Devido a isto, padeceu de grandes perseguições e tribulações na incessante luta contra a heresia ariana que ameaçava por abaixo a Igreja de Cristo. Porém manteve-se firme na fé dos apóstolos, e no final venceu.

Os jovens de hoje, movidos por um “espírito” de Igreja moderna, intitulam a tudo e a todos em certos “tipos de católicos”, alinhados a uma diversidade de fé e espiritualidade.

Sem base e sem contexto, o conservadorismo cai neste pacote, e ainda por cima, lamentavelmente, torna-se um objeto de escárnio. Mais uma vez, o tradicionalista é o “bobo” da turminha, o bitolado que difere-se dos outros, o sujeito de uma fé vaidosa e não alinhado com os princípios do mundo moderno. Mas que no final, como sempre em toda a história da Igreja, triunfará com fulgor perante as tribulações que o mundo imporá.

Acordai jovens! Este proselitismo de que o conservador faz parte de um movimento que causa divisão dentro da Igreja não “cola” nem aqui e nem na China – há conservadores na China?
Quem está colocando isso na cabeça de vocês? Há alguém por trás disto, há sim.

Existem conservadores mais radicais que negam vários fatos do nosso século, como o Concílio Vaticano II por exemplo, mas são uma extrema minoria perante o conservador de fato na Igreja. E é a este que trato neste tema.

O que o conservador mais deseja é a unidade da Igreja, a primazia do Papa, a paz interna e o devido respeito ao culto litúrgico, tão difamado nas últimas décadas por ideologias contrárias a fé católica.
Isto está longe de um conceito de divisão, mais ainda de um movimento.