quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Professor Orlando Fedeli, 80 anos de nascimento - O martelo dos hereges dos tempos modernos!


Está completando hoje, dia 07 de fevereiro 2013,  os 80 anos de nascimento do fundador da Associação Cultural Montfort, o Prof. Orlando Fedeli que faleceu em 2010.


O martelo dos hereges dos tempos modernos!

Breve Biografia extraída do site Wikipedia


Orlando Fedeli (São Paulo, 7 de fevereiro de 1933 — São Paulo, 9 de junho de 2010) foi um historiador católico brasileiro e professor universitário. Foi fundador e presidente da Associação Cultural Montfort.
Nasceu em 1933, na cidade de São Paulo, filho de imigrantes italianos. Estudou no Colégio Dom Bosco, de padres salesianos, e no Colégio Nossa Senhora do Carmo, de irmãos maristas. Foi oficial da reserva do Exército, arma de infantaria pelo CPOR/SP. Em 1954, graduou-se em história na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde teve como professor Plínio Correia de Oliveira.
Participou durante trinta anos da organização Tradição, Família e Propriedade (TFP), que tem como fundador Plínio Correia de Oliveira. Mais tarde, foi expulso dessa entidade. Atacava, por pertinência, os "Arautos do Evangelho", pseudônimo da Associação Católica Internacional de Fiéis de Direito Pontifício, fundada pelo então também discípulo de Plínio Correia de Oliveira e ex-aluno seu, o Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias.
Era doutor em história pela Universidade de São Paulo. Seus escritos se posicionam contra o Concílio Vaticano II, a liberdade religiosa, o modernismo, o gnosticismo, a maçonaria e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Também escreveu sobre a Idade Média, da qual era admirador, e sobre o romantismo alemão, tema de sua tese de doutorado, o que o faz um dos poucos especialistas brasileiros no tema. Foi professor em escolas secundárias de São Paulo, além de ministrar aulas na PUC-SP e em Universidades do Canadá e dos Estados Unidos. Viajava por todo país, e algumas vezes ao exterior, ministrando aulas e palestras.
Trabalhava na defesa e promoção da Missa Tridentina, a qual tem recebido renovado interesse após a publicação do motu próprio do Papa Bento XVI (Summorum Pontificum). Entre o final de 2004 e o começo de 2005, no meio das polêmicas sobre o uso de células-tronco embrionárias, recolheu mais de 150.000 assinaturas contra seu uso. No dia 26 de janeiro de 2005, entregou ao Papa João Paulo II, no Vaticano, uma placa representando as assinaturas.
Já debateu com Hélio Bicudo sobre a pena de morte, com Olavo de Carvalho, com os representantes do Instituto Paulo VI de Brescia sobre o modernismo, com Felipe Aquino, membro da comunidade Canção Nova, e com Dom Estevão Bettencourt, monge beneditino. Era grande combatente da Teologia da Libertação, da Renovação Carismática Católica e do Ecumenismo, por isso criticava Leonardo Boff, Frei Betto, padre Marcelo Rossi e monsenhor Jonas Abib, entre outros.
Lançou dois livros; o primeiro, Nos labirintos de Eco, é uma interpretação do famoso romance de Umberto Eco, O Nome da Rosa. Nele relacionou o romance passado na Idade Média com acontecimentos históricos desse período, com a história do século XX e com as relações de Umberto Eco com o escritor argentino Luis Borges. O segundo livro, Carta a um padre, é uma exposição e crítica das doutrinas que foram defendias no Concílio Vaticano II. Nesse livro, Fedeli argumenta que as doutrinas dos teólogos do Vaticano II são derivadas da teologia modernista condenada pela Igreja Católica, principalmente pelo Papa São Pio X. Afirma ainda uma forte influência do pensamento heterodoxo russo no Concílio. Alguns livros aguardam publicação por editora como "No País das Maravilhas: a Gnose burlesca da TFP e dos Arautos do Evangelho, já lançado no site Montfort.


Professor Orlando Fedeli, 80 anos de nascimento.



Fonte: Site Montfort

Oitenta anos de nascimento de nosso fundador, o Professor Orlando Fedeli, ocorrido em São Paulo, no dia 7 de fevereiro de 1933, republicamos, dentre seus inúmeros textos, sua resposta a uma carta.

O que você faz na Igreja?

PERGUNTA:
Nome: Fernando
Enviada em: 21/09/2003
Local: Guarulhos – SP, Brasil
Religião: Católica
Idade: 20 anos
Escolaridade: 2.o grau concluído

A Paz de Jesus Cristo

Gostaria somente de perguntar se você participa de algo da Igreja Católica. Faço essa pergunta por vê-lo totalmente contra vários movimentos e até mesmo contra atos que acontecem na missa!!!
Acho sim normal encontrar erros dentro da igreja, mas da forma encontrada por você não!!!Por favor responda!!!

RESPOSTA:

Muito prezado Fernando,

salve Maria.Você me pergunta de modo um tanto provocativo e impertinente: “o que faço na Igreja “.
Mas será que você ainda não o percebeu?
Defendo a Fé.
Faço o que fiz a vida inteira: ensino o Catecismo.Que faço na Igreja?Mas o que pode fazer um pecador, como eu, na Igreja?
Rezo e peço perdão a Nosso Senhor pelos meus pecados. Rezo e me confesso. Rezo, assisto Missa, e comungo sempre que posso.Claro você se interessa em saber, e me pergunta com uma certa indignação, que sou eu na Igreja.

Que sou na Igreja?

Mas praticamente nada. Ou quase poeira.
Um velho professor que conta as histórias que pesquisou a vida inteira, em velhos livros, buscando os traços sanguinolentos dos mártires e dos heróis nas veredas da História.

Que faço na Igreja?

Faço o que devo. Deixando meu velho coração cansado se entusiasmar na conquista de uma alma jovem e heróica para Cristo.

Que sou na Igreja?

Sou um simples fiel. Fui Congregado Mariano, quando havia Congregações Marianas.
Fui da Ordem Terceira do Carmo, quando as havia, no estilo antigo, em São Paulo.Estilo antigo?
Perdão.
Na Igreja Católica, nada há propriamente de antigo. Só há coisas de sempre. Para sempre. Porque a verdade católica é eterna. É para sempre. A verdade católica não evolui. Perguntar-me-á você: mas o senhor não pertence, hoje, a nenhum movimento moderno?
Não. Graças a Deus, não.
A nenhum.Detesto tudo o que é moderno.
Sou pelo que é eterno.
Nem balanço a cabeça, e nem agito as mãos, sacudindo lencinhos. Nem danço nos santuários. Nem profano a igreja com baterias e rocks. Nem enrolo a língua, fingindo ter carismas, para que me admirem, e para que não me entendam.

Quero que me entendam.
Faço questão de que ouçam meu brado bradar os argumentos da verdade.Por isso falo bem claro, para que tudo fique bem claro.

Que faço na Igreja?

Mas você não percebeu ainda?Ensino, aos que ignoram e têm boa vontade para aprender, algo daquilo que sei.Você não percebeu ainda, que também martelo argumentos em quem se atreve a negar a Verdade Católica ou contra quem ousa atacar a Fé?

Que faço na Igreja?

Peço a Nossa Senhora que faça de minha alma uma espada. E com Ela, faço almas-espadas.

Que faço ainda na Igreja?

Combato as profanações, que você parece defender.Que faço na Igreja?Rezo e estudo. Rezo e escrevo artigos.Dou aulas. Muitíssimas aulas. (Todas de graça. Todas por graça).
Desperto entusiasmo e ódios.
Aturo desaforos e incompreensões. Suporto calúnias e silêncios murmurantes…
E respondo cartas.Muitas que perguntam com humildade. Muitas, muitas… que me agradecem o ensinamento recebido. Ou até a Fé recuperada.

Que faço na Igreja?

Atiço brasas que se apagavam. Fortaleço, tanto quanto posso, com a ajuda de Deus, canas torcidas. Sopro, tanto quanto posso, em fogueiras bruxuleantes.
Acendo tochas.
Inflamo candelabros.
Faço moços cantarem a alegria de lutar e de defender a Fé católica.
E respondo cartas.
Algumas pretensiosas. Outras impertinentes. Umas mal educadas. Outras atrevidas e ignorantes. Algumas cheias de ódio porque vazias de argumentos.Cada carta é um desafio. Cada carta um duelo. À sabre ou florete. E o prêmio que procuro é a conversão de uma alma para Nosso Senhor.
Cada carta é um combate. Sempre na brecha. Sempre na muralha da Santa Igreja. E meu coração vigia, quando meus olhos dormem. Sonhando com argumentos.

Que faço na Igreja?

Mas, simplesmente — com a graça e a ajuda de Deus — faço o que fiz toda a minha vida. Como Pierre de Craon, da peça Une jeune fille Violaine, faço catedrais nas almas. Catedrais de luz e de vitrais, de verdades e virtudes, “cheias de sombra e luz, para que Deus habite nelas”.E você, meu caro Fernando, você não quereria me ajudar a defender Nosso Senhor de quem, hoje, se riem os ateus e infiéis, coroando-O de espinhos, e os hereges, cuspindo sofismas em sua Divina Face?
Você, se você tem um coração valente, você… venha comigo.
Venha.Venha comigo até…

in Corde Jesu, semper
Orlando Fedeli

Nenhum comentário:

Postar um comentário