Pois bem, a minha história aconteceu na última noite de natal depois de quase ter me matado por ter cometido tantos pecados de uma vez.
Tinha chegado á noite de natal, eu fui convidado para uma festa onde estava toda a minha família e diversos convidados num imenso banquete que tinha sido organizado numa luxuosa mansão.
Eu cheguei só pensando em mostrar a minha roupa e exuberância, o meu charme e a minha beleza. No estacionamento, encostei o meu carrão arrancando aplausos dos pobres invejosos. “Tenho dinheiro e esbanjo mesmo” – dizia pra mim.
Fiz questão de comprar o presente mais caro que pude somente para mostrar quem eu era. Na hora das orações e preces, quase dormi. Arrancava vários bocejos e não via a hora de acabar com aquela papagaiada e lero-lero; “Eu não preciso de Deus e muito menos de rezar” – eu pensava.
Acabou aquela ladainha sonífera e então eu caí na comida. Comi e bebi como um louco, como se fosse á última vez na vida. Porém,
perdi o glamour quando um maldito derramou vinho na minha camisa de grife. Caí em cima dele de pancadas, foi uma briga feia e devido ao vexame, fiquei mais irado ainda e quase matei o infeliz diante de todos.
Então saí de lá furioso e liguei para uma “amiga”. Fomos direto ao assunto, peguei a moça e a levei para o motel. Naquela noite eu me superei na cama, fúria e desejos descabidos unidos em um cara que se sentia um deus.
Depois de deixá-la em casa voltei para o meu apartamento sozinho.
Neste momento me bateu uma imensa tristeza e uma terrível inveja. Eu via pela janela do meu carro muitas pessoas humildes se divertindo e outras voltando da Missa do Galo. Lembrei dos tempos de criança quando o natal realmente fazia sentido.
Era madrugada ainda, estava em meu apartamento e tentei me matar. Foi então que percebi que estava sendo atormentado há muito tempo por estes demônios. Sim, demônios! Pois o tempo todo eles estavam dentro de mim e eu não percebia. O cúmulo foi vê-los todos reunidos numa única noite! E noite de natal ainda por cima.
Eles se apresentaram a mim com os nomes de Gula, Luxúria, Avareza, Ira, Tristeza (inveja), Acídia (preguiça espiritual e depressão) e a Soberba (Orgulho e Vaidade).
Depois de tantos pecados numa única noite (tão especial) e de ter tido a graça de identificá-los, eu fui a Igreja de onde eu tinha visto àquelas pessoas saindo da Missa do Galo. O Padre tinha voltado para buscar algum pertence que tinha esquecido e aí eu caí de joelhos pedindo para eu poder me confessar.
O Padre ligou para alguém dizendo que ia demorar mais um pouco e me ouviu.
Reconciliado, hoje estou vivendo e aprendendo, sempre buscando encontrar Deus e fugir do pecado.
Fica a lição. O Natal nos oferece um encontro como o menino Jesus, não um desencontro.
Ass.: RicKasso Gulloseime Vaidosè Tristão
Fonte da foto: http://www.jornalbrasileirogratuito.com.br/noticias/lazer/curiosidades/as-festas-de-natal-e-de-ano-novo/

ResponderExcluirDiante deste texto fictício é possível fazer uma reflexão: Quantas vezes no Natal a única coisa que fazemos é comer como loucos, esbanjar e não se preocupar com o verdadeiro sentido natalino. Devido as estes desregramentos, muitas pessoas confundem natal com "primícias" de uma festa de ano novo. A sagrada família nem se quer teve um panetone na noite de natal para comer.